sábado, 29 de novembro de 2014

O primeiro ultrassom

O primeiro... nossa que ansiedade que eu tava nele, vou compartilhar com vocês um dos momentos mais especiais que eu tive durante a gestação.
No dia 10-04-2012, que eu vi o meu bebê pela primeira vez,confesso que era muito estranho eu falar sobre a gravidez pois até então só sentia dor no seio, aquela vontade insuportável de fazer xixi e muito mais muito enjoo. Assim como comentei numa das outras postagem o bebê é muito miúdo durante os primeiros meses e são raras as mães que sentem o bebê se mexer e no meu caso eu não sentia.
Eu fiquei cerca de 40 minutos na recepção esperando a minha hora de fazer o ultrassom e como nós sabíamos que era ainda muito recente a gravidez, o ultrassom transvaginal foi o utilizado.
Entrei naquela sala de exame com o coração na mão, eu leiga do jeito que era já imaginava que daria para ver o sexo rs.
Então eu entrei na sala de exame, com um médico super atencioso e claro logo notou que eu era mamãe de primeira viagem.
Eu não relaxava então foi muito difícil esse primeiro contato mas logo minha ansiedade deu lugar a calma e tudo deu certo.
Lembro que ele me perguntou "-está ouvindo?" logo respondi "-sim,mas o que seria isso?" e então ele me respondeu "- isso é o coração do seu bebê o sinal de vida", nossa só de lembrar me arrepio dos pés a cabeça e meus olhos se enchem de lágrimas,naquele momento não importava mais se era menino ou menina, como seria, naquele momento o que importava é que eu tinha um outro coração batendo dentro de mim e eu sabia que em breve, esse coração estaria nos meus braços para que eu cuidasse e amasse com toda intensidade que Deus permitiria.
O exame prosseguiu, praticamente não via nada do bebê, tinha 1,5 cm, mas segundo o médico já era um bebezão por eu estar somente de 8 semanas.
Sabe, naquele momento eu sabia o quanto eu estava pronta para ser mãe, o quanto eu mesmo sendo nova eu queria aquele bebê, o quanto eu amava aquele bebê e entendi  o porque de muitas mães conversarem com a "barriga" , entendi que é uma tentativa de demonstrar o amor mesmo sem vê-lo.
O médico ditou algumas teorias, de que seria um menino.. mas no fim rs
Ele errou e isso não importa... o que realmente é importante é o quanto é gratificante e emocionante cada batida que o coração dava, cada rodadinha que o bebê dava... e como o amor surgiu de uma maneira inexplicável.

Compartilho abaixo com vocês o meu feijãozinho ( que era assim que eu gostava de chamar o meu bebê), meu primeiro ultrassom.


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Falando sobre o futuro papai da gravidez

Contar para o pai do bebê que está grávida, não é uma tarefa fácil, ainda mais quando o relacionamento acabou mas é um direito da criança e do pai em saber da existência um do outro.
No meu caso eu e o pai da bebê tínhamos terminado há pouco mais de 15 ou 20 dias, ambos já estavam com outra vida , outras ideias mas as regras atrasaram e não tinha como esconder isso durante muito tempo.
Então quando vi que atrasou , ele foi a primeira pessoa a quem eu recorri, mandei uma mensagem dizendo que não havia vindo  ainda aquele mês, me lembro que ele disse “Sério, meu por que será?”, naquele momento eu  vi que ele também não podia imaginar da gravidez, e ai eu comecei a contar que havia passado mal e que estava estranha e disse que compraria um teste de farmácia, naquele momento ele ficou meio mudo, assim como eu só disse, me avisa o que o exame der.
Eu fui a farmácia lembro que comprei um Engov e comprei o teste de farmácia, e assim foi. Chegando em casa mandei uma mensagem para ele dizendo que havia comprado o teste e que faria e fiz, e o que deu positivo!
Eu não podia demonstrar reação mas minha vontade era de morrer aquela hora, e mandei mensagem para ele contando tudo, a noite no mesmo dia fiz outro exame no shopping aqui da cidade e só confirmou deu positivo.
Lembro que ele também ficou ressabiado como eu podia estar grávida, sendo que não tínhamos mais relação mas ele tinha certeza que era dele, e era mesmo.
No outro dia como contei em outro post eu fui fazer o exame de sangue e nessa confirmação eu não tinha outra reação a não ser chorar, meu amigo que  estava comigo na hora do exame que falou com o pai da bebê, dizendo que eu não parava de chorar e não sabia o que faria.
E para minha surpresa o pai da bebê disse que estaria do meu lado para tudo, confesso que fiquei meio assim na hora mas sabia que era o direito dele saber sobre o filho ou filha que teria.

Algumas pessoas me perguntaram por que eu não levei a gravidez adianta sem contar nada para o pai eu realmente acho errado para ambos os lados (criança e pai) não saberem da existência um do outro, eu não tinha feito o bebê sozinha tão pouco aguentaria as cobranças que ele faria quando crescesse e tenho certeza que sentiria uma culpa eterna se não tivesse falado. 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Contando para os pais sobre a gravidez

Hoje é dia de falar de um assunto muito complicado, a reação dos pais com a notícia.
Eu realmente não sei como seria a minha reação, eu não sei se ficaria decepcionada com a minha filha, se a criticaria, se ficaria do lado dela, sei que todos nós criamos nossos filhos para que eles tenham
uma vida tranquila,feliz e tenham uma família (tradicional) mas nem sempre é assim que acontece.
Lembro como fosse ontem tudo como aconteceu, eu fiquei com medo, passei três dias chorando, não sabia muito bem como começar a dizer que estava esperando um bebê, eu passei 3 noites em claro ensaiando o meu discurso e imaginando como seria a reação da minha mãe e do meu pai, o medo batia.. nesses 3 dias eu tentei até comentar mas cada vez que pensava em dizer as palavras fugiam e eu começava a chorar, meus pais primeiramente acharam que eu estava depressiva mas depois perceberam que havia algo de errado.
Lembro que esperei meu pai sair de casa para ir trabalhar, chamei a minha mãe falando que queria falar algo sério com ela, ela na hora me respondeu a gente já conversa, vamos adiantar as coisas em casa que jajá a moça que trabalha em casa chega e nós podemos conversa. Naquele momento eu não sabia se tinha feito a coisa certa mas sabia que eu não podia adiar.
E foi assim, tomamos café na verdade nada caia naquela hora, mas tomamos o café como todos os dias tomamos café juntas.. lavamos a louça e por fim chegou a hora de conversa, minhas palavras tão ensaiadas nos sonhos se perderam, e tudo o que eu pedi foi um abraço, um abraço que virou lágrimas e uma pergunta surgiu: "- Nathalia por acaso você está grávida?"
Essa pergunta só surgiu o efeito de eu consegui responder "-Sim" , minha mãe primeiramente ficou quieta, acho que no intuito de absorver o que estava acontecendo, como a filha dela estava grávida  e ai veio a reação, ela ligou para o meu pai, não contou o que aconteceu mas disse que não queria mais ficar na cidade, meu pai na hora me ligou e perguntou o que havia acontecido e eu na mesma hora respondi "- é que eu acabei de contar pra minha mãe que eu estou grávida".
O silêncio reinou, e ele simplesmente disse "-estou passando ai para te pegar pra conversa" e assim foi.
Conversamos durante algumas horas e foi horrível enfrentar aquele olhar de decepção mas me deu uma alívio imenso quando escutei "Nós vamos ajudar você a criar o bebê" .
Bom, sei que para ninguém isso é fácil, aceitar que seu filho solteiro será pai ou mãe não é uma situação agradável, e na minha opinião isso se agrava sendo filha mulher.
Como já disse uma vez o preconceito ainda existe mas existe muito mais se deixarmos nos levar por isso.
Alguns pais expulsam seus filhos de casa ao receber a notícia, outros tratam como um ser humano com uma doença contagiosa e fatal, outros simplesmente viram a cara para o próprio filho (dentro da mesma casa, e outros simplesmente dizem que estão ao lado deles seja como for.
Seja como for, temos que dar apoio a aqueles que nós geramos, que criamos com todo amor e carinho, um filho nunca será de ser seu filho pois é pai,mãe,avó,avô e assim como nós eles não serão perfeitos e na maioria das vezes não seguiram o caminho que nós gostaríamos de seguir. 


A bronca é inevitável mas o apoio nessa hora é essencial !




quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A primeira reação

A minha primeira reação, foi um misto de alegria,medo, ansiedade, frustração.
Alegria em saber que dentro de mim eu tinha uma vida que era carregava o meu DNA, carregaria meu nome e teria um pouco de mim eternamente.
Medo em como seria cuidar de um bebê, eu no auge dos meus 21 anos , como seria cuidar de um bebezinho indefeso que não falaria se eu machucasse sem querer, que não avisaria quando estivesse com fome, que ficariam horas a fio acordadas durante várias madrugadas. Medo do parto, medo de morrer no parto (sim eu sei é meio bobo, mas eu sempre tive medo de operações de grande porte e no fundo eu sabia que eu teria que fazer uma cesária, mas isso eu deixo para outra postagem), medo de como seria a minha vida dali para frente, do preconceito que eu teria que enfrentar dos olhares tortos.
Ansiedade para saber como seria o meu neném, qual a cor dos olhos, do cabelo, o jeito que falaria o jeito que daria risada, se seria destro ou canhoto, se seria menina ou menino, ansiedade para querer comprar tudo logo e eu pegar no colo, sentir o cheiro.
E uma enorme frustração que minha ignorância me submeteu ter: de não ter dado uma família para minha vida.
Na verdade isso passou com o tempo, essa frustração, entendi que família ela tem só não é tradicional como as outras mas que ela tem todo amor do mundo por ela. 

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A primeira postagem...

Finalmente eu tomei a iniciativa de criar um blog, tanta vontade em fazer isso... mas faltava tempo e coragem para dividir minhas experiências com vocês.
Meu nome é Nathalia, engravidei aos 21 anos (e tive minha filha com 21 rs) e sou mãe solteira da princesa Alice que hoje tem 2 anos.
Ser mãe solteira primeiro é uma palavra muito forte, na qual eu mesmo sofri com isso pelo meu próprio pré conceito e superar isso pra mim hoje é gratificante. Aprendi que o maior preconceito é nosso mesmo e se você não se aceitar pode vir quem quiser que você não vai aceitar nada do que falarem.
Antigamente mulheres,mães solteiras eram vistas como seres fora do comum, nenhuma podia ser levadas a sério mas felizmente esse conceito mudou, sabemos que mesmo tendo milhares de métodos contraceptivos muitas mulheres ( no caso eu ) se descuidam e acreditam que isso jamais aconteceriam com elas e acontece.
Minha primeira postagem vai sobre a descoberta....

Eu descobri a gravidez no dia 23-03-2012 , o dia que eu tanto achei que iria chorar pro resto da vida mas hoje choro de felicidade.
Eu tava me sentindo estranha fazia alguns dias, só dormia e queria ir ao banheiro , nada que a minha rotina de faculdade, estágio, escola de atores não me fizessem entender que isso era apenas cansaço afinal tinha dia que eu chegava em casa era 2 da manhã e 5:40 da manhã já estava em pé mas estava tudo muito estranho, o balanço do metro me fazia mal, o calor, o cheiro... até que um dia um amigo falou "- Nath, você não está grávida?" logo respondi que não minhas regras estavam certas como poderia estar grávida mesmo tendo essa resposta e essa certeza, eu fiquei na dúvida e fui realizar um exame de sangue, que por sua vez havia dado negativo.

Os dias foram passando e o mal estar aumentando, dizia que era o calor (2012 foi um ano muito quente) até que as regras não vieram e ai bateu o medo... e foi confirmado,depois de 2 exames de farmácia e um de sangue eis que sim eu estava gravidíssima e o melhor de 6 semanas JÁ.
Fiquei um pouco inconformada na época como um exame de sangue pode ter dado negativo sendo que eu já estava grávida? Como minhas regras podiam vir sendo que eu estava grávida? Ei que eu recorri ao pessoal da minha antiga faculdade para ganhar algumas respostas, a primeira sobre o exame de sangue ter dado negativo, é que BETA- HCG ainda não tinha sido detectado, pois ainda estava no comecinho da gestação . Sobre as minhas regras continuarem vindo é que o saco gestacional ainda não havia ocupado todo o meu útero e com isso o endométrio (parede mais interna do útero) poderia a vir sangrar na época da menstruação , por isso muitas mulheres menstruam até o 4 mês da gestação.

Alguns sintomas que eu mais senti nessa primeira fase foram :
1- Sono , muito sono
2- Aumento dos seios e muita dor
3- Dor lombar
4- Tontura
5-  Aumento da frequência urinária
6 - Melhora no olfato e paladar